No dia 8 de dezembro o autódromo virtual de Hungaroring, na
Hungria, recebeu a final do campeonato da Scirocco Cup. Thiago Procopio, franco
favorito ao título, mostrou evolução, um posicionamento em relação a disputa do
título não antes vista no piloto.
CLASSIFICAÇÃO
Thiago, dono de todas as poles anteriores não cravou a pole
a primeira vez na temporada. Samuel Pontes, da BSP Racing, tomou a cena, cravou
a pole e deixou a dupla da BenKleR, Enzo Sofiato e Thiago Procopio, nas duas
posições seguintes. Lucas Werle, outra BSP, fecha a segunda fila, seguido de
Caio Russi, da Piratas. Ernesto Brock, o único rival na disputa do título,
largava na sexta posição.
BATERIA 1:
Procopio não larga bem e cai posições, saindo da primeira
curva em sexto, atrás de Brock. Neto Silva e Emerson Czerkawsky também
aproveitam o embalo e passam por Thiago logo em seguida.
Brock precisava fazer todos os pontos restantes para
conseguir ainda disputar o difícil título. O piloto partiu para o ataque pra
cima de Lucas Werle e os dois “rasparam” o carro no fim do primeiro setor,
saíram da pista, Lucas voltou mas Brock, sem controle pela grama, acertou em
cheio o piloto da BSP. Era fim de prova para Lucas e, mesmo que ainda em pista,
fim das chances de título para o piloto da Paraguay Racing também.
Pouco à frente, Ulisses Oliveira toca com Fernando Esquitino
e bate forte no muro, no mesmo ponto que Sergio Perez sofreu uma capotagem na temporada
de 2015 da F1.
Caio Russi ia no estilo mineirinho, comendo pelas beiradas,
na dele, já assumia a segunda posição e caçava Samuel.
No meio do grid, os 3 pontos de ativação do Push-to-pass
possibilitavam muitas mudanças de posição. A reta principal, a reta oposta e a
subida após a reta oposta eram pontos alternados entre os pilotos. Essa
diferença proporcionou, por exemplo, um pelotão de intensas disputas, entre
Neto, Procopio, Alexandre Oliveira, Werner Marote e Anderson Medeiros.
Thiago encontrava muitos problemas na prova, problemas que
só descobriu após o fim da bateria. Seu freio estava freando sozinho (mal
contato) e estava com controle de tração ligado, o que segurava muito seu
ritmo.
Na ponta, Russi pressiona, Samuel comete um pequeno erro e o
piloto da Piratas pula para a ponta. Caio só conduz até o fim da corrida e
Samuel, mesmo dentro do mesmo segundo até o fim, não consegue ameaçar o piloto
e fica com a segunda. Enzo Sofiato fica na terceira, Emerson se sobressai na
disputa tripla e garante a quarta e Procopio ultrapassa Alexandre Oliveira na
última curva para ficar com a quinta e o título. Na oitava posição e pole para
a segunda, Neto Silva.
BATERIA 2:
Largada muito tranquila, assim como na primeira bateria e
sem grandes mudanças no pelotão da frente. No fim da primeira volta, Werner
toca e passa Neto. Neto tenta recuperar a posição na reta, sem push, ao mesmo
tempo que Alexandre e Procopio também vinham lado a lado. Melhor para Zé da
Meia, que se mantém na frente de Thiago e ainda passa por Neto, assumindo a
segunda. Enzo Sofiato se toca no pelotão intermediário e cai muitas posições,
quase rodando na curva 1. Porém a disputa não cessa, com Neto usando o push na
subida e re-ultrapassando os dois da frente novamente. O pelotão se tornava um
só, juntando muitos pilotos disputando em pouco espaço físico.
Thiago vai galgando posições, aproveitando as disputas e,
com uma belíssima ultrapassagem sobre Alexandre Oliveira, assume a ponta.
Estava de volta o campeão.
Disputas em várias posições do grid. Samuel e Alexandre
disputavam ferrenhamente a segunda, ao mesmo tempo que Brock, Neto, Werner,
Anderson, Caio e Enzo disputavam todos em menos de 1 segundo de diferença, com
Henrique Salgueiro logo atrás esperando a carnificina. E ela aconteceu. Werner
toca Neto duas vezes e o piloto roda na sua frente. Caio, sem culpa, vem atrás
e pega em cheio no carro do piloto mineiro, mas Caio consegue continuar na
corrida sem grandes problemas.
Werner, ainda forçando muito, também toca levemente
Anderson, mas o suficiente para ultrapassar o piloto e deixar ele disputando
com Caio.
Na frente, Procopio, Brock e Alexandre pareciam ter definido
já suas posições, porém da sexta até a décima primeira, tudo indefinido. Caio,
Werner, Henrique, Werle e Emerson disputavam as 3 últimas posições à entrar na
inversão de grid pra bateria 3. Melhor para Caio, Salgueiro e Werner, nessa
ordem. Entre os três e o pódio ficaram Enzo Sofiato, em quarto, e Samuel Pontes
em quinto.
BATERIA 3:
Logo na largada, Ulisses encontra problemas e é atingido
pelo carro que vinha atrás. Werner e Procopio se tocam na curva 1, pior para o
campeão, que cai para o fim do grid. Neto Silva, que largava da décima sexta
posição aproveita tudo isso e avança para a décima posição logo na primeira
curva, já se colocando na briga do segundo pelotão.
Logo na primeira volta, muitas disputas fortes, com pequenos
toques e encostões nas disputas da quinta posição. Mais ao fim do grid não era
diferente e uma disputa mais quente entre Kleber Stippi e Alexandre Oliveira
não termina bem para o piloto da BenKleR, que bate forte na freada da curva 2.
O padrão de disputas se manteve e mais um grande pelotão se
formava. Werner Marote, Enzo Sofiato, Ernesto Brock, Emerson Czerkawsky, Lucas
Werle e Thiago Procopio batalhavam todos em um espaço de pouco mais de um
segundo e meio.
Mais atrás Felipe Muniz, Alexandre Oliveira e Neto Silva
disputavam a nona posição quando, num infeliz toque de corrida, Neto é lançado
ao muro dos boxes e bate na quina, estourando o motor do carro e abandonando.
E, nas palavras de Rodrigo Vicente, “o sururu se formou” na
disputa da quinta terceira mais uma vez. Procopio e Werner tentando dividir a
chicane embolaram o pelotão, Brock teve de passar por fora, Enzo e Lucas
chegaram também na disputa, trazendo também na cola Emerson Czerkawsky. Bagunça
generelizada. Zé também chega e forma uma disputa de 7 carros!
Um a um tentavam ultrapassar Werner, que jogava pesado e não
entregava fácil a posição. Brock consegue, Procopio tenta e perde tempo e com
isso a porta se abre para Enzo Sofiato, outro piloto que costuma brigar até o
fim por seu espaço. O resultado não poderia ser outro... os dois se tocam e
Werner cai para o fim deste pelotão de disputa, perdendo a chance de segurar um
Top5.
Lucas Werle, tentando sair mais forte para a reta, usa o
push muito cedo, toca o muro, danifica sua suspensão e na freada da curva 1
(ainda sem saber o nível de danos do carro) não consegue frear e acerta em
cheio o carro de Alexandre. Fim de prova para os dois, a menos de 2 minutos
para o fim da bateria.
Procopio e Sofiato até ensaiam uma disputa, mas Thiago deixa
bem claro que trabalhava para o parceiro buscar o vice-campeonato e tira o pé,
deixando Enzo abrir.
Caio Russi e Samuel Pontes passeiam na pista, garantem o P1
e P2 novamente e repetem o pódio da bateria 1. Brock fecha em terceiro, mas o
quarto lugar de Enzo Sofiato não sustenta o piloto da Paraguay nas 3 primeiras
posições da tabela e por apenas 2 pontos o piloto da BenKleR assume o terceiro
posto.
CAMPEONATO DE PILOTOS
Caio, após duas apresentações fantásticas, assume com
méritos a segunda posição na tabela e termina o campeonato como vice-campeão,
mas a absurdos 66 pontos de Thiago Procopio, o campeão incontestável.
Pelas equipes, o novo formato de pontuação permitiu a
BenKleR Racers garantir seu primeiro título de equipes na VORC, 44 pontos à
frente da Paraguay Racing A.
VT DA ETAPA